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Extensão é a interação da universidade com a sociedade, onde a primeira transmite conhecimentos acadêmico-científicos e a segunda transmite experiências vivenciais.

Projetos de extensão devem buscar solucionar problemas existentes, de interesse e necessidade da sociedade, ampliando a relação desta com a Universidade. Envolvem ações de conscientização, capacitação, difusão de informação, tecnologia e cultura, consultorias, emissão de laudos, entre outras.

Em um projeto de extensão bem sucedido, tanto a academia quanto a sociedade aprendem, pois a interação incrementa o desenvolvimento de ambas, estabelecendo um ciclo virtuoso. Extensão não deve ser confundida com ativismo, proselitismo, assistencialismo nem com voluntariado social, por mais nobres que sejam as intenções desses. A extensão é dever constitucional da Universidade e requer o mesmo grau de profissionalismo dedicado ao ensino e à pesquisa. Ensino, pesquisa e extensão devem andar juntos. Por isso, é comum que projetos de pesquisa e extensão abordem a mesma temática. No entanto, um projeto de extensão a ser submetido à PROEEC não deve ser igual a um projeto de pesquisa. Mesmo que haja necessidade de pesquisa científica prévia para um melhor entendimento sobre a realidade a ser trabalhada, é preciso que um projeto de extensão contemple práticas que promovam mudanças e/ou melhorias identificadas como necessárias no momento em que a pesquisa científica for realizada. Além disso, a dimensão formativa de ambos, a dimensão acadêmica e a pública, devem estar sempre presentes. 

Projetos de extensão são tão variáveis quanto a sua temática. O mesmo modelo pode não ser adequado a todos os projetos. Elenca-se abaixo sugestão de alguns elementos presentes num Projeto de Extensão submetido à PROEEC-UFLA. 

 

      1. TÍTULO

Descrição sucinta englobando o conteúdo do projeto. 

      2. ÁREA TEMÁTICA

De acordo com a Política Nacional de Extensão, os projetos precisam apresentar vínculo com uma das seguintes áreas temáticas: (i) Comunicação; (ii) Cultura; (iii) Direitos Humanos e Justiça; (iv) Educação; (v) Meio Ambiente; (vi) Saúde; (vii) Tecnologia e Produção; e (viii) Trabalho. Pode-se optar pelo vínculo em mais de uma área temática, quando for o caso. 

      3. COORDENADOR

Professor ou técnico-administrativo responsável pelo registro e orientação do projeto. 

      4. EQUIPE TÉCNICA

Outros membros da comunidade acadêmica (servidores ou alunos) que estão envolvidos no projeto. 

      5. DEPARTAMENTO OU SETOR

Lotação do Coordenador do Projeto na UFLA

      6. INSTITUIÇÕES PARCEIRAS

Instituições que irão apoiar o projeto ou auxiliar na execução das atividades. 

      7. NÚMERO ESTIMADO DE PARTICIPANTES

Quantidade estipulada de pessoas da comunidade que participarão ativamente das atividades ou que serão diretamente beneficiadas por elas. 

      8. LOCAL (IS) DE REALIZAÇÃO

Localidade(s) onde serão desenvolvidas as atividades, tanto interna quanto externamente. 

      9. PERÍODO

Data de início e encerramento (máximo de dois anos) das atividades. Há projetos de extensão que por sua natureza podem e devem prolongar-se por períodos longos. No entanto, para que seja avaliado o progresso, todos os projetos devem ser reelaborados e reavaliados a cada dois anos, no máximo, sendo necessária nova submissão à PROEEC.

10. RESUMO DA PROPOSTA

Cerca de meia página resumindo a proposta. 

      11. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Base teórica a respeito da temática e da problematização do projeto, utilizando-se como referências autores que já desenvolveram estudos sobre o assunto.

      12. OBJETIVOS

Finalidades do projeto.

      13. JUSTIFICATIVA

Deve conter informações sobre a relevância do projeto e argumentação que o justifique, motivação para sua concretização e impactos esperados.

Descrever a relação do projeto com a pesquisa e o ensino universitários, integrando os três pilares da instituição. Dada a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, é necessário um certo grau de aderência entre aquilo que se ensina, aquilo que se pesquisa e aquilo que se quer “extender” à sociedade. 

“A primeira diretriz do Plano Nacional de Extensão diz respeito à indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, ela ‘reafirma a Extensão Universitária como processo acadêmico’. Nessa perspectiva, o suposto é que as ações de extensão adquirem maior efetividade se estiverem vinculadas ao processo de formação de pessoas (Ensino) e de geração de conhecimento (Pesquisa). No que se refere à relação Extensão e Ensino a diretriz de indissociabilidade coloca o estudante como protagonista de sua formação técnica [...]. Na relação entre Extensão e Pesquisa, abrem-se múltiplas possibilidades de articulação entre a Universidade e a sociedade”. (Política Nacional de Extensão Universitária/ elaborada pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições de Educação Superior Públicas Brasileiras, p. 49-50)”. 

      14. METODOLOGIA

Definição das atividades e descrição dos métodos e técnicas, instrumentos ou procedimentos para seu desenvolvimento e analise dos resultados que serão obtidos.

 “Visando à produção de conhecimento, a Extensão Universitária sustenta-se principalmente em metodologias participativas, no formato investigação-ação (ou pesquisa-ação), que priorizam métodos de análise inovadores, a participação dos atores sociais e o dialogo”. (Politica Nacional de Extensão Universitária/ elaborada pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições de Educação Superior Públicas Brasileiras, p. 51)”.

      15. RESULTADOS ESPERADOS

Descrição dos possíveis resultados e impactos gerados junto à comunidade, através da demonstração de número de ações, atendimentos e questionários de satisfação, por exemplo. 

      16. CRONOGRAMA

Definição das etapas do projeto por período de tempo.